Por que vacinar?
O que são vacinas?
Vacinas são substâncias com proteínas, toxinas, bactérias ou vírus, previamente enfraquecidos, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico, desencadeando a produção de substâncias chamadas anticorpos, que tornam o organismo imune ou mais resistente a esses agentes. Desenvolve-se assim a chamada memória imunológica, que pode durar muito tempo ou mesmo a vida toda e que, em situações futuras, aumenta a eficiência do sistema imune em combater o agente patogênico e o indivíduo não chega a desenvolver a doença correspondente.
Possivelmente as vacinas tenham salvado mais vidas que qualquer medicamento, além de terem aliviado o sofrimento de um incalculável número de pessoas. Por isso, existe um grande esforço para levar as vacinas a regiões aonde elas não chegaram e para descobrir outras novas.
Algumas perguntas frequentes sobre vacinação:
Por que vacinar?
Do ponto de vista pessoal, a vacina evita as doenças e suas complicações; do ponto de vista social a vacinação é uma questão de saúde pública. Além disso, vacinar fica mais barato do que tratar as doenças que elas evitam.
No Brasil, a maioria das vacinas é gratuita. Algumas vacinas especiais devem ser tomadas em épocas de epidemias ou se você vai viajar para determinados lugares onde há doenças endêmicas evitáveis.
Quais as principais doenças que podem ser evitadas por vacinas?
Algumas formas de hepatites e meningites, tuberculose, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, febre amarela, caxumba, sarampo, rubéola, influenza sazonal (gripe), pneumonia pneumococica, HPV (vírus do papiloma humano) e ainda outras, menos comuns.
Se a doença não existe mais, por que vacinar?
A doença não existe mais, mas o seu agente causador sim. É justamente a vacina que impede que a doença se manifeste. Sem ela, a doença voltaria a existir.
A vacina pode causar a doença?
Não. Às vezes, as vacinas podem causar pequenas reações, como dor no local de aplicação ou febre4, mas os riscos das vacinas são insignificantes, perto do risco das doenças que elas evitam.
Reações graves às vacinas modernas são raríssimas e quase sempre se devem a uma tomada inadequada. Algumas campanhas de vacinação atingem milhares e até milhões de pessoas, sem que se ouça falar em reações perigosas.
Quem deve ser vacinado?
Crianças pequenas, que ainda não tenham adquirido anticorpos, para se protegerem de doenças comuns à infância. Pessoas de qualquer idade, para doenças em relação às quais o seu organismo não possua anticorpos, como a hepatite5. Pessoas idosas, que geralmente têm suas defesas debilitadas, para doenças como gripe e pneumonia.
Quem não deve ser vacinado?
Em caráter definitivo, quase ninguém deve deixar de ser vacinado. Pode ser aconselhável postergar um pouco uma vacina em pessoas muito debilitadas, naquelas momentaneamente imunodeprimidas ou que estejam agudamente doentes. As exceções ficam por conta dos portadores do HIV e de pessoas (raríssimas) que tenham alergia severa a gema de ovo.
Não são contraindicações: doenças benignas, como pequenas infecções respiratórias, com temperatura inferior a 38,5°C; asma, rinite alérgica, tratamento com antibióticos, antecedentes de convulsões, doenças cardíacas, renais, pulmonares ou hepáticas, baixo peso do recém-nascido, dermatoses, eczemas, doenças localizadas da pele, desnutrição, aleitamento materno.
Quando vacinar?
Algumas vacinas, sobretudo de crianças, devem ser tomadas em idades específicas. Há vacinas que são tomadas uma única vez, outras são aplicadas mais de uma vez, com espaçamentos previstos. Algumas vacinas podem ser associadas e tomadas juntas, outras devem ser tomadas sozinhas. Normalmente, os serviços de vacinação dispõem de calendários de vacinas, que informam a respeito. Os pediatras também fornecem orientações para as vacinas de crianças.
Qual a via de aplicação das vacinas?
Dependendo da sua natureza, a vacina pode ser administrada por via oral (poliomielite, por exemplo), intramuscular (vacina adsorvida difteria e tétano ou dupla tipo adulto, antiga vacina antitetânica, por exemplo), subcutânea (varicela, por exemplo) ou intradérmica (tuberculose, por exemplo).
Se o calendário de vacinação está com alguma vacina em atraso, é possível completá-lo?
Sempre é tempo de colocar o calendário de vacinação em dia. Procure um posto de saúde ou um médico para receber as orientações pertinentes para que as suas vacinas ou as de seus filhos fiquem em dia.
MENINGITE MENINGOCOCICA
A MELHOR MANEIRA PARA COMBATER UMA DOENÇA AGRESSIVA É A PREVENÇÃO ATRAVÉS DA VACINAÇÃO

Porque Vacinar?
A doença meningocócica é uma doença grave causada por um tipo de bactéria denominada Neisseria meningitidis. Pode causar a meningite (infecção das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal) e infecções do sangue. A doença meningocócica muitas vezes manifesta-se sem aviso -mesmo em pessoas saudáveis. A doença meningocócica pode ser transmitida de pessoa para pessoa por contato próximo (tosse ou beijo) ou por contato prolongado, principalmente entre pessoas que moram na mesma casa. Existem pelo menos 12 tipos de N. meningitidis, denominados "sorogrupos". Os sorogrupos A, B, C, W e Y causam a maioria das doenças meningocócicas. Qualquer pessoa pode contrair a doença meningocócica, mas certas pessoas têm um risco mais elevado, tais como: • Bebês com menos de um ano de idade • Adolescentes e adultos jovens de 16 a 23 anos de idade • Pessoas com certos problemas de saúde que afetam o sistema imunológico • Microbiologistas que trabalham rotineiramente com amostras isoladas de N. meningitidis • Pessoas que estejam em risco devido a um surto na comunidade Mesmo quando tratada, a doença meningocócica mata 10 a 15 pessoas em cada 100 pessoas infectadas. Das que sobrevivem, cerca de 10 a 20 em cada 100 pessoas sofrem deficiências, tais como perda da audição, danos cerebrais, danos renais, amputações, problemas do sistema nervoso ou cicatrizes profundas decorrentes de enxertos cutâneos. As vacinas contra Meningite Meningocócica ACWY podem ajudar a prevenir a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y. Uma vacina meningocócica diferente encontra-se disponível para ajudar a proteger as pessoas contra o sorogrupo B.
O meningococo B (MenB) é uma das principais causas de meningite bacteriana nos países de primeiro mundo. A doença meningocócica pode ser frequentemente diagnosticada de forma equivocada, é rapidamente progressiva e pode ser fatal.
A Doença Meningococica Invasiva (DMI) é uma ameaça à vida e é fatal em aproximadamente 10% dos casos, mesmo com intervenção médica adequada e cuidados intensivos. A taxa de fatalidade de caso pode ser tão alta quanto 50% se a doença não for tratada.
A doença meningocócica pode causar deficiências sérias e permanentes, apesar do tratamento adequado, colocando uma carga pesada sobre os indivíduos, as famílias e a sociedade em geral.Até 20% dos sobreviventes da DMI apresentam sequelas permanentes significativas, incluindo dano cerebral, disfunção adrenal, perda auditiva, insuficiência renal e amputação de membro. Dentre as crianças que sobrevivem à doença meningocócica causada por MenB, aproximadamente 10% apresentam complicações significativas, incluindo amputações significativas, convulsões, perda auditiva significativa e retardo cognitivo. Mais de um terço dos sobreviventes da doença causada por MenB na infância apresentam outros déficits permanentes, como distúrbios psicológicos, QI baixo (< 85, com base nas escalas de Inteligência de Wechsler), amputações de dedos, perda auditiva pequena ou unilateral e déficits de comunicação não significativos. A carga psicossocial da DMI pode também ser alta para as famílias. Os pais de crianças com episódios severos da doença relataram apresentar desconfortos psicológicos durante meses e até mesmo anos posteriormente.
As meningites bacterianas têm sua causa relacionada com a faixa etária e a provável porta de entrada do agente infeccioso. Constituem-se numa doença infectocontagiosa com alta prevalência na faixa etária pediátrica, principalmente crianças na faixa etária de menor responsividade imunológica (recém-nascidos e menores de 2 anos), acarretando perdas motoras, neurossensoriais e suas consequências (surdez, retardamento mental, paralisia motora, etc.), além de alta mortalidade. É um sério problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, com um alto ônus social. Por estes motivos é muito importante a prevenção através da vacinação.
Importância da vacinação anual contra gripe.
O vírus da Gripe (Influenza) é altamente mutante o que faz com que a Organização Mundial da Saúde recomende, anualmente, a vacinação contra a gripe com as novas cepas que circularão tanto no Hemisfério Norte quanto no Hemisfério Sul.
Recentemente, a OMS - Organização Mundial da Saúde divulgou a recomendação das CEPAS (variantes virais) que deverão estar presentes nas Vacinas Contra Gripe a ser fabricadas e disponibilizadas para o Hemisfério Sul.
Neste aspecto, devemos estar atentos ao fato de que a cepa A-H1N1 que compôs as vacinas contra gripe desde o ano de 2010 e que vinha sendo utilizada em todas as campanhas de vacinação, também sofreu mutação, o que fará com que uma nova Cepa já identificada e isolada, esteja presente nas Vacinas Contra Gripe da temporada de 2017.
Esta nova variante viral A-H1N1, que deverá estar presente tanto nas Vacinas Trivalente quanto nas Vacinas Tetravalentes 2017, faz com que a revacinação se torne fundamental.
De acordo com a resolução da ANVISA publicada no Diário Oficial da União de 31 de outubro de 2016, a vacina de Influenza trivalente de 2017 deverá conter os seguintes vírus:
- Influenza A (H1N1), subtipo Michigan/45/2015
- Influenza A (H3N2), subtipo Hong Kong/4801/2014
- Influenza B, subtipo Brisbane/60/2008
Já a vacina de Influenza tetravalente deve conter, além dessas três cepas, o vírus Influenza B, subtipo Phuket/3073/2013.
No Brasil, seguindo recomendação da OMS, são utilizadas tanto as Vacinas Trivalentes quanto as Vacinas Tetravalentes e por este motivo devemos ter comercializadas ambas as vacinas, como aconteceu na temporada de 2016.
Inúmeros estudos da literatura demonstram a eficiência da vacinação contra gripe como forma de diminuição não só da prevalência da doença, como das complicações decorrentes desta (internações, uso de medicamentos e mortes).
Empresas que adotam a vacinação de seus funcionários como regra, têm uma diminuição surpreendente da taxa de absenteísmo pela gripe.